terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Por que a «blasfémia» contra o Espírito Santo é imperdoável?

Sendo o nosso grupo um grupo "orientado" pelo Espírito Santo, achei boa ideia destacar este texto retirado do blogue do Padre Bantu Mendonça.


    O Espírito Santo é o amor. Considerar as obras de amor do Espírito como sendo obras do demónio significa o distanciamento e até a ruptura com o próprio amor de Deus. Rejeitar e matar os que com amor buscam resgatar a dignidade humana dos empobrecidos explorados e excluídos significa a rejeição da vida e do amor de Deus.
    Porque é que a «blasfémia» contra o Espírito Santo é imperdoável? Em que sentido se deve entender esta «blasfémia»? S. Tomás de Aquino responde que se trata da um pecado «imperdoável por sua própria natureza, porque exclui aqueles elementos graças aos quais é concedida a remissão dos pecados».
Segundo tal exegese, a «blasfémia» não consiste propriamente em ofender o Espírito Santo com palavras; consiste, antes, na recusa de aceitar a salvação que Deus oferece ao homem, mediante o mesmo Espírito Santo agindo em virtude do sacrifício da Cruz.
   Se o homem rejeita o deixar-se «convencer quanto ao pecado», que provém do Espírito Santo e tem carácter salvífico, ele rejeita comtemporaneamente «vinda» do Consolador: aquela «vinda» que se efectuou no mistério da Páscoa, em união com o poder redentor do Sangue de Cristo: o Sangue que «purifica a consciência das obras mortas». Sabemos que o fruto desta purificação é a remissão dos pecados.
    Por conseguinte, quem rejeita o Espírito e o Sangue permanece nas «obras mortas», no pecado. E a «blasfémia contra o Espírito Santo» consiste exactamente na recusa radical de aceitar esta remissão, de que Ele é o dispensador íntimo e que pressupõe a conversão verdadeira, por Ele operada na consciência. Se Jesus diz que o pecado contra o Espírito Santo não pode ser perdoado nem nesta vida nem na futura, é porque esta «não-remissão» está ligada, como à sua causa, à «não-penitência», isto é, à recusa radical a converter-se.
    Isto equivale a uma recusa radical de ir até às fontes da Redenção; estas, porém, permanecem «sempre» abertas na economia da salvação, na qual se realiza a missão do Espírito Santo. Este tem o poder infinito de haurir destas fontes: «receberá do que é meu», disse Jesus.
   Deste modo, Ele completa nas almas humanas a obra da Redenção, operada por Cristo, distribuindo os seus frutos.
   Ora a blasfémia contra o Espírito Santo é o pecado cometido pelo homem, que reivindica o seu pretenso «direito» de perseverar no mal - em qualquer pecado - e recusa por isso mesmo a Redenção. O  homem fica fechado no pecado, tornando impossível da sua parte a própria conversão e também, consequentemente, a remissão dos pecados, que considera não essencial ou não importante para a sua vida.
   É uma situação de ruína espiritual, porque a blasfémia contra o Espírito Santo não permite ao homem sair da prisão em que ele próprio se fechou e abrir-se às fontes divinas da purificação das consciências e da remissão dos pecados.

2 comentários:

  1. Anônimo disse...

    Qualquer coisa que um protestante diga sobre o assunto não pode ser provado pela tese que eles abraçam "Só a Bíblia."
    O protestante não tem como saber se pecou ou se está pecando contra o Espírito Santo. O protestante grita "Somente a Bíblia" e a Bíblia não define quais são estes pecados, tal como não ensina a votar, escolher as escolas dos filhos ou fazer aplicações financeiras. O protestante está amarrado pelo conceito que criou para si e para os demais. Somos julgados pelos critérios que estabelecemos para os outros. Quando um protestante diz "somente a Bíblia" está obrigando-se a este critério e como a Bíblia não diz quais são os pecados contra o espírito Santo o protestante está sem rumo. Os católicos como seguem o magistério da igreja, coluna e sustentáculo da verdade(Timóteo), podem saber quais são os pecados, assim definidos pelo catecismo da Igreja Católica.A Bíblia não é a única fonte de revelação. Se fosse, no mínimo a própria Bíblia dveria dizer de si mesmo algo nesse sentido. E não diz. Diz apenas que a Igreja é coluna e sustentáculo da verdade. Ou seja, sem a Igreja a verdade não fica de pé. Os protestantes não tem como saber quais são os pecados contra o Espírito Santo e se alguém disser que leu em algum livro ou ouvir de algum pregador, estará obrigado a não acreditar pois toda e qualquer opinião protestante deve pautar-se pela Bíblia. Por isso se diz: "Bem aventurado aquele que não se condena naquilo que aprova."

    28 de agosto de 2011 19:03

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  2. mas eu nacredito que os crentes em sua maioria vai sim para o ceu pois nao é idolatra de imagens como os catolicos

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