quinta-feira, 31 de março de 2011

Quando chegará o reino de Deus até nós!

Hoje ao ler o comentário ao envangelho feito por Bento XVI, que em baixo  junto, fez-me pensar no que no final irei dizer, depois do comentário de Bento XVI:)


A época moderna desenvolveu a esperança da instauração de um mundo perfeito que, graças aos conhecimentos da ciência e a uma política cientificamente fundada, parecia tornar-se realizável. Assim, a esperança bíblica do reino de Deus foi substituída pela esperança do reino do homem, pela esperança de um mundo melhor que seria o verdadeiro «reino de Deus». Esta parecia finalmente a esperança grande e realista de que o homem necessita. Estava em condições de mobilizar – por um certo tempo – todas as energias do homem. [...] Mas, com o passar do tempo tornou-se claro que esta esperança escapava sempre para mais longe. Primeiro, compreendemos que esta era talvez uma esperança para os homens de amanhã, mas não uma esperança para mim. E, embora o elemento «para todos» faça parte da grande esperança – com efeito, não posso ser feliz contra e sem os demais –, o certo é que uma esperança que não me diga respeito a mim pessoalmente não é sequer uma verdadeira esperança. E tornou-se evidente que esta era uma esperança contra a liberdade. [...]

Precisamos das esperanças – menores ou maiores – que, dia após dia, nos mantêm a caminho. Mas, sem a grande esperança que deve superar tudo o resto, aquelas não bastam. Esta grande esperança só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir. Precisamente o ser gratificado com um dom faz parte da esperança. Deus é o fundamento da esperança – não um deus qualquer, mas aquele Deus que possui um rosto humano e que nos amou até ao fim: a cada indivíduo e à humanidade no seu conjunto. O Seu reino não é um além imaginário, colocado num futuro que nunca mais chega; o Seu reino está presente onde Ele é amado e onde o Seu amor nos alcança. 


Basicamente estas palavras recordam-me como o ser humano, no seu fundamento essencial é o mesmo desde, quase que diria , sempre! A técnica muda, e é melhorada, as ciências evoluem e coisas fantásticas são descobertas e alcançadas, o Homem consegue ter um conhecimento melhor de si mesmo, consegue, parece por vezes, dominar-se, controlar-se, entender-se na suas origens psicológicas mas o seu fundamento, a sua essência é a mesma desde o Egipto, desde a democracia dos Gregos, desde o domínio dos Romanos, desde o medievalismo e domino dos "senhores"! Sempre houve escravos e dominados, e uma classe predominante!. Não vejo grande diferença entre todos os tempos antigos e os dias de hoje, em que somos escravos dos bancos  e emprestimos, do consumo e do egoísmo, entre tanta outra coisa! Penso que isto se deve a sermos basicamente sentimento, emoção, raiva, ódio, amor, orgulho, tristeza, alegria,  e é isto que nos conduz,desde que nos conhecemos, não a nossa racionalidade, por mais que queiramos pensar que é a nossa racionalidade  que nos conduz! Penso ser isto que é transversal ao homem desde que ele se conhece, e por isso o  mundo anda em ciclos através dos séculos e com certeza assim continuará!
Aqui entra para mim Deus, que tenta nos libertar desta escravidão e dar-nos\ensinar-nos, já a cerca de 4000 anos (desde Abraão, nosso pai da Fé) o caminho e nós (Eu) continuamos a  não aceitar a libertação de Cristo, que nos tira das nossas escravidões!